Os ursos têm um grau parentesco com os cães, mas são muito maiores e não têm cauda. Por esse motivo, a sua aparência pode ser de um animal dócil, mas na realidade é exactamente o contrário.
São animais perigosos e agressivos. São capazes de matar pessoas com uma só pancada.
Os ursos são grandes animais, corpulentos e pesados. O seu ouvido e a sua visão estão menos desenvolvidos do que o seu olfacto. Na realidade tem uma cauda curta que raramente ultrapassa os 12 cm.
Os ursos são grandes animais, corpulentos e pesados. O seu ouvido e a sua visão estão menos desenvolvidos do que o seu olfacto. Na realidade tem uma cauda curta que raramente ultrapassa os 12 cm.
São maioritariamente herbívoros, apesar de as vezes comerem carne. No caso do uso polar existe uma excepção na sua dieta à base de focas. A maioria dos ursos, excepto o urso-malaio e o urso-beiçudo, alimentam-se de dia. O nascimento dos ursos tem a ver com as estações do ano em diferentes zonas (excepto no caso dos trópicos).
Trata-se de uma espécie promíscua e os territórios dos machos geralmente ficam juntos com os das fêmeas. Utilizam poucos gestos e sons para comunicarem. De resto, os zoólogos ainda não conseguiram demonstrar se as orelhas em ponto ou para trás têm algum significado próprio.
Nas espécies em que os ursos se juntam com parceiros estáveis, o macho supera em peso a fêmea entre uns 10-25%, enquanto em espécies em que os ursos devem lutar para conseguir várias fêmeas, os machos podem pesam entre 20 a 100% mais. A gestação é curta, apesar de parecer mais longa devido à implantação do óvulo fecundado que demora um pouco mais de tempo.
Normalmente têm entre uma a três crias, que nascem praticamente nuas e pesando entre 200 a 700 gramas.
Os ursos que vivem em zonas mais frias têm um período de letargo Invernal onde têm as crias.
A temperatura do seu corpo e o pulso não descem pois não é uma hibernação real, mas não comem durante esse tempo, sobrevivem da gordura acumulada durante o Outono.
A temperatura do seu corpo e o pulso não descem pois não é uma hibernação real, mas não comem durante esse tempo, sobrevivem da gordura acumulada durante o Outono.
Ao nascer, as crias são tão pequenas que não conseguem regular a temperatura do seu corpo. Por isso, nascem e permanecem no covil.

Espécies de ursos
A primeira vez que apareceu um urso, o seu tamanho era semelhante a de uma raposa. A pouco e pouco a evolução foi tornando esta espécie mais corpulenta, aumentando o seu peso gradualmente.
Os ursos são mamíferos que pertencem à ordem dos carnívoros, dentro da família ursidae. As espécies que sobrevivem actualmente estão divididas em três grupos: a subfamília ursinae que inclui o urso-polar (Ursus maritimus), urso-pardo (Ursus arctos), urso-negro (Ursus americanus), urso-beiçudo (Melursus ursinus), urso-negro-Asiático (Ursus thibetanus) e o urso-malaio (Helarctos malayanus), a subfamília Tremarctinae, cujo único representante é o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) e a subfamília Ailuropodinae cujo único representante é o panda (Ailuropoda melanoleuca).
Destas oito espécies, cinco são omnívoras (urso-negro, urso-pardo, urso-malaio, urso-negro-Asiático e urso-de-óculos).
As outras três se diferenciam no facto de urso-polar ser basicamente carnívoro, o panda herbívoro e o urso-beiçudo insectívoro.
Apesar destas características gerais, esta espécie pode consumir outros alimentos em função da disponibilidade em cada momento.
Em todas as espécies existe o dimorfismo sexual, ou seja, o macho é sempre maior do que a fêmea.
O urso-malaio é o de menor tamanho, juntamente com o urso-negro-Asiático. As espécies de ursos vão aumentando de tamanho a partir do urso-negro, passando pelo pardo, até ao urso-polar, cujos machos podem chegar a pesar mais de 800kg. As espécies de maior tamanho são o urso-polar e o urso-pardo.
Actualmente, encontramos ursos na América, Europa e Ásia. Os ursos-de-óculos são a espécie com presença mais significativa no hemisfério sul.
Os ursos são como muitos outros animais, espécies em perigo de extinção. Hoje em dia cinco espécies de ursos se encontram muito ameaçadas devido principalmente a acções associadas com os humanos.
O urso-negro-asiático: é vítima do tráfico internacional de partes de ursos no mercado ilegal da medicina tradicional Chinesa. Hoje em dia, a sua população está quase extinta no Japão e no sudeste da Rússia.
O urso-de-óculos: hoje em dia é perseguido por falsas crenças e é um dos ursos mais ameaçados do mundo.
O panda: actualmente restam menos de 1000 exemplares em estado selvagem.
O urso-polar: não está ameaçado mas a sua conservação depende de uma vigilância extrema e do cumprimento de acordos internacionais.
O urso-pardo: em algumas regiões está perto da extinção, como é o caso da Europa Ocidental e o sul da Ásia. No México desapareceram a meados do século XX. A nível mundial está fora de perigo.
O urso-beiçudo: a medicina tradicional Chinesa indica que eles têm poderes curativos em certas partes do seu corpo, pelo que fez com que diminuíssem drasticamente a sua população.
O urso-malaio: o seu estado actual é desconhecido, mas devido à destruição do seu habitat, ao tráfico de ursos e aos caçadores furtivos pressupõe-se que se trata de outra espécie ameaçada.
Panda vermelho
O panda vermelho trata-se de uma espécie de urso pequena e assemelha-se um pouco a um gato ou a uma raposa devido à sua cor e características físicas, pelo que também são conhecidos por gato-de-fogo, por exemplo
Este provém essencialmente da China e podemos encontrá-los em zonas onde exista uma abundância de bambu. Ele come principalmente bambu, mas também poderá comer ovos e outros mamíferos de pequeno tamanho.
Actualmente não existem muitos exemplares. É proibida a caça destes animais contudo muitos caçadores ainda os procuram devido à sua cor exótica e raridade, daí ser uma espécie especialmente protegida.
Pandas
Os pandas são uma espécie reconhecida a nível mundial, possivelmente porque estão em perigo de extinção, entre outras coisas.
O nome do panda se dá a duas espécies da ordem dos carnívoros: o panda-vermelho e o panda-gigante, que é mais conhecido devido às suas cores branco e preto. Normalmente mede cerca de 1,80 m.
Estes pandas vivem em regiões montanhosas no este do Tibete e no sudoeste da Cinha. O panda é um animal tímido e pacífico. Tem a sua origem da China e foi descoberto no ano de 1869.
É um animal omnívoro, come talos e ervas até aves, peixes e roedores. Mas o seu alimento preferido é o bambu. As suas necessidades o obrigam a comer uns 14kg de bambu por dia, o que ocupa umas 12 horas.
Os pandas em liberdade vivem cerca de 15 anos, enquanto em cativeiro vivem até aos 30 anos. Os pandas são uma das mil espécies de animais que se encontram em perigo de extinção. Possivelmente seja a imagem do animal em extinção por excelência.
As principais causas do perigo do panda é a dificuldade para reproduzir-se quando estão em cativeiro, em parte devido à sua extrema timidez e pela destruição do seu habitat natural ao tirar-lhe milhares de hectares das florestas de bambu.
Outra causa importante do seu desaparecimento são os caçadores furtivos, que existem apesar das punições impostas pelo governo Chinês no caso de se caçar ilegalmente um panda (cadeia perpétua).

Urso-beiçudo
rata-se de um urso Asiático que podemos encontrar principalmente na Índia, contudo existem outros países onde este animal habita, mas sempre na floresta. É o único que está dentro do género Melursus, tornando-o numa espécie muito curiosa.
A cor da sua vasta pelagem varia entre o castanho e o preto, enquanto o seu peito é mais claro. É o típico urso que come mel, mas também se alimenta de plantas e carne de animais pequenos. Não é raro vê-los a comerem pássaros e os seus ovos.
Urso-de-óculos
Esta raça apenas está atrás do panda gigante nas raças de ursos em vias de extinção. O urso-de-óculos provém do sul da América e tem uma pelagem de cor de creme . Em termos de alimentação este é quase completamente vegetariano, contudo come também alguns insectos e mamíferos pequenos tal como grande parte dos ursos.
O peso do macho é bem diferente do que do da fêmea. Enquanto os machos conseguem chegar aos 120 quilos, as fêmeas normalmente atingem metade desse peso, sendo assim fácil distinguir ambos os géneros dos ursos-de-óculos.
Outra grande diferença entre um macho e uma fêmea é a sua atitude perante a presença de um humano. Os machos são muito meigos para as pessoas, enquanto as fêmeas não hesitam em atacar se acharem que as suas crias estão em perigo.
Urso-malaio
O Urso-malaio é uma das espécies de ursos que poderemos encontrar ao visitar a Ásia, mais propriamente o sudeste da Ásia. Os residentes desta área também o apelidam de urso-dos-coqueiro. A sua pelagem é de cor escura e de tamanho reduzido.
É uma raça que gosta muito de subir às árvores para apanhar alimentos como frutos e até o clássico mel que sabemos que os ursos gostam. Em termos de tamanho, ele pode chegar até ao metro e meio de cumprimento
Urso-nandi
Trata-se de um animal cuja existência ainda não foi provada, contudo existem muitas histórias e relatos desta raça ter sido vista em África. É conhecido por vários nomes diferentes em países Africanos diferentes, contudo o nome mais popular é mesmo de urso-nandi.
Alguns caçadores afirmam que este animal é muito semelhante a um urso (daí o nome), com cerca de metro e meio de comprimento, de cor castanha e tem a capacidade subir às árvores para evitar os perigos.
Não se sabe bem se trata-se realmente de um urso ou de alguma espécie de macaco, ou até algum exemplar da antiga hiena gigante que já se encontra extinto à muito tempo. As nossas imagens desta raça são apenas ilustrativas, criadas de acordo com as características detalhadas por quem indica que já viu este animal.

Urso-negro
Trata-se de um urso que pode ser encontrado no norte da América. É um animal que nada muito bem e a velocidade pode chegar aos 50 km por hora. Existem ursos-negros que conseguem chegar aos 40 anos de idade, mas é muito comum não ultrapassarem os 20.
Em termos de tamanho, este pode chegar aos 2 metros de comprimento, enquanto seu peso ronda os 350 quilos dependendo do género. Apesar do seu aspecto, mais de metade da sua dieta é à base de vegetais. O tipo de carne que consome é normalmente de pequenos mamíferos.
Urso-negro-asiático
Pelo que podemos ver pelo nome do animal, trata-se de um urso proveniente da Ásia. Também o pode chamar de Himalaio ou Tibetano, pelo que nos dá uma ideia da sua distribuição geográfica do urso-negro-Asiático.
É um animal conhecido por ter garras muito afiadas e a sua pelagem é escura, sendo esta mais clara no peito. Em termos de tamanho, pode ter até um metro de altura e um peso muito variável, sendo que 200 quilos é o limite (mas não absoluto).
Urso-polar
O urso-polar, também conhecido como urso-branco é, pelo seu tamanho, o dono das terras do Árctico. O seu parente mais perto é o urso-pardo. As diferenças entre ambas as espécies estão determinadas pelas adaptações de cada um ao seu meio. Devido à adaptação nas zonas frias, a pelagem do urso-polar aclarou-se, sendo mais espessa e impermeável. As plantas dos seus pés estão recobertas de pêlo para poder deslocar-se sobre as superfícies geladas.
O urso-polar é um animal ágil na terra e na água. Pode nada a uma velocidade de 10 km/h e pode inclusive dormir na água.
Também é capaz de escalar zonas geladas de difícil acesso.
Geralmente é um animal solitário. Quando chega o frio ele hiberna num covil que ele próprio escava na neve. O seu alimento principal é as focas, sobretudo no Inverno Na época de Verão ele torna-se quase vegetariano.
Devido às mudanças climatéricas, esta espécie de ursos pode ser muito afectada A temperatura da zona aumenta duas vezes mais depressa do que do resto do planeta e o gelo do oceano Árctico se derrete numa média de9% a cada 10 anos. De momento existem uns 25000 exemplares em todo o mundo, dos quais entre 3000 a 5000 se encontram no Árctico Europeu.
Ao mudar o seu habitat, este urso pode adaptar-se às novas condições climatéricas, mas é uma mudança que não podemos assegurar, e alguns estudos revelam a possibilidade da sua extinção no ano de 2100.

Ursos-pardos
Os ursos-pardos ibéricos são os mais pequenos do mundo, pois os machos raramente passam os 180 kg e as fêmeas pesam cerca de 130-140 kg. As variações de peso nos ursos dependem em grande parte à abundância de alimento e da estação do ano. A sua pelagem varia entre o creme pálido e a cor pardo escura, mas sempre com uma cor quase preta nas patas.
O urso-pardo é um dos poucos animais capazes de se pôr em duas patas. Isto acontece em ocasiões especiais como em lutas, visto que a sua posição natural é de quatro patas. A alimentação do urso-pardo se baseia em frutos, folhas e rebentos, mas depende muito das condições do seu habitat.
Todos os movimentos que o urso realiza o fazem em função da procura de alimento. Assim, a sua hibernação vem determinada pela escassez de comida. Entre os poucos ursos que vivem em Espanha, divide-se em três zonas:
Zona ocidental, que compreende em Astúrias, Castilla león e Galiza (60 exemplares), zona cantábrico oriental (20 exemplares) e zona pirenaica (menos de 5).
Na época do cio, os machos marcam o seu território marcando as árvores com arranhadelas e esfregando-se de forma a deixar o seu odor.
Os ursos são animais solitários e apenas se juntam na altura do cio.
As fêmeas alcançam a maturidade sexual entre os 3 e os 5 anos de idade.
Geralmente têm de uma a três crias e entre uma criação e outra passam cerca de 3 anos. Os ursos-pardos são animais polígamos. A gestação dura entre 8 a 10 semanas e as crias nascem durante a hibernação da mãe. Nascem sim pêlo, cegos, sem dentes e pesando aproximadamente meio kg.
Aos três meses de idade começam a ingerir outros alimentos para além do leite materno, até fazerem um ano.
Quando as crias têm quase 2 anos, a ursa os abandona, mas as crias ficam juntas durante mais um ano.
As principais causas que põem o urso-pardo em perigo são a destruição dos seus habitats naturais e os caçadores furtivos. Os incêndios florestais também destroem os seus ecossistemas.
Desde 1973 a espécie está protegida e a sua caça proibida em todo o território Espanhol. Em Espanha, este declarada com espécie em perigo de extinção.
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